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  • Foto do escritorGabriela Nascimento

Benefícios de Testes Exploratórios no Agile

Atualizado: 14 de jul. de 2022


Você já deve ter se perguntado como realizar testes rápidos e eficientes dentro de um time ágil, que trabalha com sprints curtas. Se sim, então já deve ter ouvido também alguns artigos falando sobre Testes Exploratórios!

Mas o que são esses testes? Do que se alimentam? Quem os consome? Aqui vou falar um pouco sobre esse tema e deixar algumas reflexões no ar!


É comum que, em um time que trabalha com metodologia ágil, o analista de testes seja o último a pôr a mão na aplicação que está sendo desenvolvida, já quando o prazo para finalizá-la está se esgotando e não há tempo hábil para elaborar casos de testes ou outras documentações que servem de guia para o QA (as vezes nem História tem). Não deveria, mas acontece, e tudo bem. E o que vem na mente do testador? Testar de forma exploratória. Ou seja, realizamos esse tipo de técnica nos casos de desespero? Não, as vezes usamos essa técnica em conjunto a outras, sem nem perceber. Ao ler o conceito sobre Testes Exploratórios você irá constatar isso.


Peguei alguns trechos da literatura para trazer alguns conceitos sobre testes exploratórios:

Braga e Pretz afirmam que o teste exploratório se baseia na intuição e depende do conhecimento, habilidade e experiência do testador.

James Bach em 2003 no seu artigo Exploratory Testing Explained fala que essa técnica era pouco utilizada e descriminada por algumas empresas, mas que com a adoção de metodologias ágeis já havia um movimento pela aplicação dessa técnica, por conta de redução de custos e prazos apertados. E com o passar dos anos isso foi sendo ainda mais confirmado.

Hoje um bom analista de testes aplica essa técnica mesmo quando utiliza scripts de testes, como complemento dos seus testes. Quantas vezes você não teve que parar um teste por ter notado um comportamento estranho e teve que fazer várias outros testes para garantir que havia uma falha naquele fluxo? Pois é, sempre fizemos e as vezes sem nem saber o conceito e as orientações que pregam essa técnica.

Abaixo outras situações nas quais testes exploratórios se aplicam perfeitamente:

· Quando não se tem documentação ou a que tem não está atualizada;

· Quando não se tem tempo suficiente para criar casos de testes;

· Quando não temos conhecimento acerca da aplicação, negócio ou tecnologia;

· Quando queremos um feedback rápido sobre usabilidade ou acessibilidade de uma aplicação;

· Quando o caso de testes existente não está bem descrito;

· Durante regressões ou smoke testing em aplicações que sofreram atualizações;

· Quando o projeto tem pouco orçamento;

· Quando a qualidade da entrega é boa e eu só preciso realizar uma validação para dar o aceite.

A lista é imensa. Como diz a literatura, vai muito além da criatividade e habilidades de quem é envolvido nessa atividade, quanto mais misturamos inclusive o público, melhor extrairemos os resultados dessa atividade.

Ao final dos testes exploratórios o analista deve documentar o que validou (listar de forma simples), as falhas encontradas e informações que explique como ele testou (ambiente, horário, massas, etc). Todas as informações coletadas serão usadas para análise dos defeitos e futuramente para repetição dos testes após a correção dos defeitos.

Sabemos que no Agile a documentação possui foco reduzido, sendo assim, a adoção desse tipo de técnica é muito comum e ajuda muito na garantia da qualidade da entrega. Nenhuma técnica irá garantir 100% de cobertura, portanto é importante combinar diferentes técnicas para que os bugs sejam encontrados o mais rápido possível. A escolha da técnica vai depender de diversos fatores, desde custo do projeto até exigências do cliente.

E você, quais combinações de técnicas mais gosta de fazer? Eu com certeza sempre busco usar o exploratório, não vivo sem!


Gabriela Nascimento Head de Qualidade na Verity


108 visualizações1 comentário

1 Comment


Unknown member
Jul 14, 2022

Teste Exploratório salva vidas! rsrs É bom ver que a técnica tem reconhecimento na literatura. Uma técnica que as vezes é vista como quebra galho, já livrou o o cliente final de muitos bugs. Bela reflexão, Gabi!

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